O espetáculo “Cura”, da Companhia de Dança Deborah Colker em Goiânia
O espetáculo Cura, da Companhia de Dança Deborah Colker, será apresentado em Goiânia, nos dias 4 e 5 de junho, no Teatro Goiânia. O espetáculo estreou em 6 de outubro de 2021, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. Assim, já passou por nove cidades, com um total de 48 apresentações, e um público total de 50 mil pessoas.
Deborah Colker dedicou seu tempo, nos últimos anos, a buscar uma cura. No caso, uma solução para a doença genética que seu neto tem, a epidermólise bolhosa. Desse modo, desta angústia pessoal nasceu o novo trabalho da Cia. Deborah Colker. Dessa maneira, o espetáculo vai muito além do aspecto autobiográfico.
Cura trata de ciência, fé, da luta para superar e aceitar nossos limites, do enfrentamento da discriminação e do preconceito. A dramaturgia é de Nilton Bonder e a trilha original é de Carlinhos Brown.
Os ingressos para a Plateia Inferior custam R$ 200 (inteira) e R$ 100 (meia). Além disso, a Plateia Superior custa R$ 160 (inteira) e R$ 80 (meia). Já a Plateia Superior custa R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia). As vendas serão pelo Sympla.
Mais sobre o espetáculo
A coreógrafa Deborah Colker concebeu o projeto em 2017, mas foi no ano seguinte, com a morte de Stephen Hawking, que encontrou o conceito. Embora acometido por uma doença degenerativa, a ELA (Esclerose lateral amiotrófica), o cientista britânico viveu até os 76 anos e se tornou um dos nomes mais importantes da história da física. Dessa forma, a artista percebeu que há outras formas de cura além das que a medicina possibilita.
A estreia do espetáculo Cura, da da Companhia de Dança Deborah Colker aconteceria em Londres em 2020. Porém, a pandemia da Covid-19 não permitiu. O adiamento deu ao espetáculo mais um ano de pesquisas, transformações e reflexões.
“A pandemia me fez ter certeza de que não era apenas da doença física que eu queria falar. A cura que eu quero não se dá com vacina”, afirma Colker.
Há dores mostradas no palco, mas há esperança no final. Ela diz que procurou preservar a alegria necessária à vida. Um ingrediente para isso foi a semana que passou em Moçambique durante a preparação, quando conheceu pessoas que não perdiam a vontade de viver, apesar das muitas dificuldades. “Fui procurar a cura e encontrei a alegria”, diz.
Deborah incorporou ao espetáculo referências das três religiões monoteístas e elementos de culturas africanas, indígenas e orientais. Logo no início, conta-se a história de Obaluaê, orixá das doenças e das curas.
“A ponte entre fé e ciência me ajudou muito. Fui experimentar o invisível, a sabedoria do invisível”, conclui.
Serviço: Companhia de Dança Deborah Colker com espetáculo Cura | Teatro Goiânia
Quando: 4 de junho (21h) | 5 de junho (19h)
Onde: Rua 23, nº 252 – Centro
Ingressos: De R$ 25 a R$ 200 | Link